quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quartetos Fantásticos

Andei recentemente a ler bastante banda desenhada - o Quarteto fantástico, para ser mais exacto - e cheguei à conclusão que há lá um pequeno grande pormenor que não faz o mínimo sentido. Ora vejamos: o Dr. Doom, principal inimigo da equipa de super-heróis, tem sempre os seus planos furados uma vez que o Quarteto aparece sempre para lhe atrapalhar o esquema. Até aqui tudo bem, não fosse o facto do Quarteto Fantástico ter um quartel general no meio de Manhattan num edifício com um quatro esculpido no topo e tudo, o Four Freedoms Plaza. Será o Dr. Doom assim tão limitado que não perceba que, se mandar um míssil ao edifício em questão em vez de partir logo para as ogivas nucleares roubadas à Rússia para destruir a Europa, a probabilidade de sucesso é bastante superior? Agradeço, portanto, ao ilustre leitor deste blog, o Sr. Stan Lee, que me enderece uma resposta, não vá eu estar a ver mal as coisas.

Li no outro dia que a grande maioria do conteúdo da Internet se resumia a pornografia e páginas do Facebook. Na minha demanda pelo poder absoluto do universo, pensei começar por pilhar a Internet, pelo que decidi criar um novo site que combine a pornografia com uma rede social, o Fakeboob. Passo a explicar, seria uma rede social tal qual o Facebook mas com a parte gira de as pessoas lá cadastradas serem portadoras de implantes mamários que partilhariam por fotografia. Estou a pensar adicionar às fotografias e aos vídeos, os .gif's, só para dar um bocado mais de dinâmica à coisa. A minha meta agora é conseguir destronar o Orkut e o porntube até ao fim do Inverno.

Queria ainda desejar um feliz Natal e recomendar que peçam um puzzle ao Pai Natal para se manterem entretidos enquanto eu não tenho mais ideias descabidas para cá vir atirar aos pombos. Bom ano 2011!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Parabéns a você!

Um ano e quarenta e dois posts depois e ainda não houve um ser com o discernimento e bom senso suficientes para mandar este pensatório abaixo. Peço desculpa por não vos actualizar com as minhas teorias com a periodicidade de outrora mas o que é facto é que não possuo o tempo nem a disposição de tempos passados.

A todos os que cá vieram todos os dias desde o início até ao dia de hoje (ou seja, eu), o meu muitíssimo obrigado. Não vou dizer que sem vós isto não seria possível porque o mais provável era isto existir na mesma, mas sem dúvida que tornam o espaço bastante mais elegante e cheiroso. Se é verdade que sou grande entusiasta da arte de comentar posts meus, mais feliz fico quando passam por cá e não deixam comentário nenhum. Epá, é nesses momentos que realmente fico com a noção exacta da recepção que cada parvoíce minha está a ter por parte do grande público. Posto isto, é favor deixar de passar as noites a ver o Biggest Loser e vir para cá comentar em barda. Em última análise, comentem os episódios na secção de comentários.

Para receber fatias de bolo virtuais, é favor deixar os endereços de e-mail ou moradas (nesse caso, a fatia deverá vir numa pen-drive).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Imaculada Senhora dos Pastéis

Esta semana sou caloiro na faculdade. É verdade, se tudo correr bem, daqui a cinco anos poderei escrever aqui no blog com mais alguma credibilidade. Entretanto, o facto de ser caloiro fez-me sentir mais criança, fez-me pensar em bebés (não da maneira gulosa que Carlos Cruz pensa, mas ainda assim de forma terna). Não sei porquê, talvez fosse por em bebé ter andado pintado a encher e a gritar que os de civil são burros e que as senhoras de biológica são aprazíveis ao paladar. Os bebés têm uma cena que a mim sempre me assustou. Não sei se estão a par de tal, mas o que é facto é que esses gnomos nauseabundos que têm como função substituir-nos no planeta Terra, têm um tremendo calcanhar de Aquiles. Esses seres de cabeça gigante e olhos desproporcionais possuem um zona na cabeça que é mole e que, basicamente, funciona como um botão de off. Uma pancadinha ali e apaga-se o recém-nascido. Convinha terem-me avisado da existência de tal botão antes eu ter ensinado o meu sobrinho a dar toques de cabeça com uma bola de futebol. Mas enfim, essa história terá de ficar para carnavais posteriores, dizendo-vos somente que nem tudo correu mal, visto que pude usar no funeral o fato que tinha usado quinze dias antes no baptizado. Agora que já ficaram horrorizados com a natureza dos meus actos, aproveito para introduzir uma questão pertinente, como aliás são todas as questões neste espaço, que me surgiu faz agora três horas e vinte e dois minutos.

À pergunta «de onde é que vêm os bebés?», os pais costumam responder algo do género «vêm de Paris, trazidos por uma cegonha». A minha dúvida é saber qual a resposta que os pais parisienses dão aos seus "mai'novos" quando estes lhes colocam a mesma questão. Será que arranjam outra proveniência para a ave ou será que se tornam mais específicos, do género «é uma cegonha que os traz ali do 37 da Rue Saint-Lambert»? Enfim, alguém mais culto e que tenha conhecimento da resposta ou até mesmo que tenha família em Paris, que mo transmita por favor. Fiquei curioso.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eu gosto é do Verão

Boa tarde. Já não vos escrevia faz algum tempo. Tirei umas férias que, merecidas ou não, me souberam bastante bem.
Durante esta paragem cerebral de mais de um mês, reflecti sobre os incidentes com o petroleiro da BP que está a poluir a costa do Louisiana. Sim, eu só consigo reflectir "convenientemente" em paragem cerebral. Ponham-me em estado vegetativo e eu descubro a cura para a sida. Voltando ao petroleiro, creio que não faz sentido nenhum atacarem o bicho desta forma só porque à pala dele morreram milhares de seres marinhos. Se formos a ver bem, o mais conhecido canalizador italiano dono de um moustache bem tuga, o "Super Mario", ao longo de quase três décadas, matou milhões de tartarugas e plantas carnívoras, sendo ainda aclamado como uma das maiores e mais importantes figuras do mundo dos videojogos. Ora, comparando as duas situações, vem que o Mario matou mais durante mais tempo e foi feito rei, enquanto que a petroleira britânica BP matou menos num espaço de tempo inferior e ainda assim foi esquartejada publicamente por tudo o que era ambientalista. Enfim, tirem as vossas conlusões.



O Verão, para além de me deixar o cérebro letárgico, tem o dom de não me deixar dormir. É verdade, o Verão é a altura do ano em que tenho mais insónias. E foi no entretém de suar em bica e dar voltas na cama que me ocorreu que, ao contrário do que se pensa, nem todas as pessoas são susceptíveis de ter insónias. Se não acreditam, vejam o caso do Fernando Mendes: dê por onde der, ele cai sempre redondo na cama. Enfim, uma graçola mais visual para afastar o público invisual do meu estaminé. Não quero cá aleijadinhos a frequentar isto. A Torre da Derrota não é a FENACERCI.

Para finalizar esta postagem de tamanha grandiosidade, devo acrescentar que cheguei a uma conclusão este Verão: O Nicholas Sparks não sabe a diferença entre criar uma grande obra e obrar. Pelo menos é o que sinto ao ler os livros dele.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cubismo Futebolístico

Bom dia. O mundial já acabou e a Espanha ganhou. A Bola de Ouro foi atribuída ao Diego Forlán, mas eu discordo completamente. Se formos analisar bem a estatística, o polvo Paul deu mais vitórias a Espanha que o próprio David Villa. Só não se destacou tanto porque teve uma atitude profissional na hora da vitória, não tendo desatado aos beijos à jornalista que o entrevistava à porta do Aquário Marinho de Oberhausen.

Uma vez terminado o campeonato do mundo, há que se começar já a analisar a pré-época dos grandes. Parece que o meu Sporting não começou da melhor forma. Será culpa dos jogadores? Será culpa do treinador? Para vos dizer a verdade, eu estava mesmo à espera que o próximo treinador do Sporting fosse o Jorge Gabriel, sportinguista convicto, tendo já assumido que o seu sonho era treinar o Sporting um dia. Eu não via a vinda dele com maus olhos, seria o passar da táctica do losango para a táctica d'O Cubo.
Enfim, não vos maço mais. Vão lá para a praia, vá.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mural

Boa tarde. De há uns tempos para cá que tenho estado para vos escrever, mas há muito que já não sou possuidor de vagar. Passo a explicar: tudo começou com as finais da NBA, sete jogos que fielmente segui até à triste derrota dos Celtics no último período do último jogo. De seguida, surgiram as finais do futsal nacional (quatro jogos) com a categórica vitória do Sporting Clube de Portugal no pavilhão do velho rival benfica. Não fosse tudo isto já razão suficiente para o meu afastamento da escrita criativa, começa o mundial. Três jogos por dia (agora, nesta fase, até mais, com jogos em simultâneo que eu gravo para posteriormente ver) que me deixam de mãos e pés atados. Como puderam comprovar, a culpa não é minha.
Estando esta temática cerca de uma semana e pouco desactualizada, gostaria de fazer uma alusão à aclamada vuvuzela (exactamente, aquele cone de sinalização mais estreito e comprido que a Cinha Jardim publicita na televisão). O som produzido pela dita nos estádios assemelha-se em tudo a uma hipotética banda sonora biográfica de um apicultor. Há inclusive relatos de apicultores que não conseguem ver os jogos do mundial pela televisão sem ir lá, volta e meia, deitar fumo para o televisor, só assim para ver se se acalmam no estádio. Ainda relativamente à dita corneta, li há uns tempos na blogosfera que um indivíduo iria colocar a vuvuzela no tubo do aspirador e que filmaria a cara da empregada no dia seguinte (deixar-vos-ia o link mas não sou possuidor de tal).
Nota ainda para a goleada portuguesa frente à Coreia do Norte. Eu não quero dar numa de alarmista mas, por menos, já houve países a serem bombardeados.
Uma revelação bombástica: é bastante provável que aqui a torre arranje um janitor em breve, assim só para escrever umas baboseiras volta e meia. Enfim, coisas do sindicato de blogs que dizem ser necessário que o blog tenha piada para ser considerado um blog de humor.

Antes de me despedir, nota ainda para a crescente interactividade deste blog. Embora seja eu um anti-facebook (redes sociais em geral) assumido, um amigo criou um grupo denominado "EU LEIO A TORRE DA DERROTA". Enfim, não se passará lá muita coisa mas, para os fãs de tudo o que é em grupo, dêem um espreitadela.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Doce Fugitiva

Boa tarde. Cheguei recentemente à conclusão que a ficção nacional da TVI tem nomes deveras engraçados, na medida em que soam na sua grande maioria a filmes porno (dos rasca). Comecemos por analisar o título "Ana e os Sete" que alude claramente a uma jovem ladeada por sete matulões cabo-verdianos e nunca a uma preceptora dos filhos de um banqueiro rico. Outro título que me ocorre, assim de repente, é a "Baía das Mulheres" que pouco mais tem de harém sem ser o nome. Eu nem queria entrar na mais que óbvia cacofonia em "Deixa-me amar". Os nomes das novelas "A Outra" e "Bons vizinhos" remetem ainda para o cliché cinematográfico da indústria porno que envolve o adultério extra-conjugal. Mas, para os que ainda não se convenceram e se mostram cépticos em relação à minha conclusão, vejam que a TVI preocupou-se em abranger todo o tipo de gostos e fantasias sexuais, criando, inclusive, séries como "A Jóia de África" (quem preferir as mulatinhas), "Queridas Feras" e "Ilha dos Amores" para os fãs do exotismo e, a mais recente, "Ele é Ela" para todos aqueles que não gostam de ter de escolher somente um, entregando-se à combinação do falo com os úberes, tão típica do transformismo. Serei o único a achar que há alguém nos escritórios da estação de Queluz de Baixo que anda a divertir-se a inventar estes títulos?
Contudo, não se pense que a TVI não previu alguma acusação de falta de conduta, respondendo o ano passado com um terno mas implacável "Sentimentos", o que veio calar todos aqueles que não viam a TVI como um canal familiar e de respeito. De notar ainda que a TVI foi fundada por entidades religiosas ligadas à Igreja Católica tais como a Rádio Renascença, a Universidade Católica Portuguesa e a União das Misericórdias, tornando todo este meu devaneio numa espécie de teoria da conspiração. Muahahah!


Peço desculpa pelo estilo algo torrencial em que este texto vos surge mas não tive paciência para grandes arranjos.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Come o Papa, Joana come o Papa!

O Papa chegou, a multidão vibra. Será que os roadies que fazem o soundcheck ao microfone do Papa são os mesmos que o farão na próxima semana, no pavilhão atlântico, para o concerto dos Metallica? Ainda tentei arranjar bilhete para a primeira fila, a ver se apanhava uma hóstia ou assim, mas o centro paroquial de carnide levou os últimos 23.
Agora falando mais a sério, confesso ter ficado bastante surpreendido com a notícia de que o Papa chegava hoje a Lisboa. Estive na passada semana no Hospital Santa Maria e poderia jurar que tinha visto o sumo pontífice no corredor das urgências. Era velho, tinha o falar de uma ovelha com má dicção, olhou com gulodice ao passar pelo corredor da pediatria e usava bata branca. Só lá fui mesmo pelo cateter.
Apercebi-me recentemente que a história do Papão que se conta às criancinhas poderá, afinal, ter um fundo de verdade. Um monstro que se esconde no armário para, durante a noite, comer os meninos. Terá sido isto uma metáfora de um rapaz molestado na infância que virou conto popular ou será que Papão e Papa não passam de uma mesma entidade e tudo não mais se tratou de um lapso de tradução dos escritos em latim para os em português? Fica a dúvida no ar.


Ainda estou com apitos nos ouvidos dos festejos de domingo à noite (não meus, é claro!). Terá o leitor certamente reparado que o buzinão ouvido no Marquês soava bastante idêntico ao buzinão ouvido aquando da greve dos camionistas aqui há uns meses. Pretenderei, com este comentário algo preconceituoso, denegrir a prezadíssima classe benfiquista? É evidente que sim.

domingo, 25 de abril de 2010

Metalúrgica Divina


Se existem deuses do Metal, Cam Pipes, vocalista da banda 3 Inches of Blood, é Vénus.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sonic Youthness

Boa tarde. Passei a tarde de anteontem agarrado à minha velhinha Sega Mega Drive 16 bits a reviver os meus tempos de gaiato. Contudo, o momento nostálgico de vício num "Golden Axe", "Sonic, The Hedgehog" ou até mesmo num "Virtua Fighter 2" foi-se gradualmente esbatendo até que eu me levantei do sofá e me pus a pensar (só me levanto para não sujar o sofá com pensamentos porcos). Em que é que estes gajos da Sega estavam a pensar? Dou-vos o exemplo de um dos mais míticos personagens da Sega, o Sonic. Ora vejamos: Um ouriço azul que corre (ou rebola?) muito depressa e que tem como missão salvar uns animaizinhos fofinhos das garras do maléfico Dr. Eggman, também conhecido por Robotnik. Até aqui, tudo bem. Um herói cativante, um propósito nobre e um vilão satiricamente engendrado. Eventuais piadas fáceis sobre ejaculações precoces do ouriço azul não serão feitas neste antro, recuso-me. Faltava somente decidir como é que o tal Sonic iria combater o terrível Robotnik. Foi mais ou menos nesta altura que os produtores do jogo deverão ter pensado que isto estava a ficar muito gay e então decidiram tornar a personagem mais rebelde, pondo-a a pilhar anéis para ganhar pontos e partindo televisões para ganhar poderes. Não sejamos ingénuos ao ponto de julgar que a pseudo-nudez de Sonic é um mero acaso. Sem querer entrar numa de Josué Yrion, penso não ser esta a mensagem correcta a passar à juventude.

Enfim, desabafos de quem já não tem a pujança e destreza de dedos d'outrora, não conseguindo passar o primeiro nível do Golden Axe.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Hermafroditicamente indagando...


Os hermafroditas urinam em pé ou sentados?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Só pa dizer que... ya!

Recentemente, fui a um restaurante e, na tentativa de provar que a virilidade de um homem não se mede pela quantidade de carne presente no prato, pedi uma sopa. 'De que é a sopa?' perguntei eu em posse de toda a minha masculinidade. 'É sopa de legumes.' obtive como resposta. Adoro quando me respondem assim, vagamente. Entramos num jogo de charadas para abrir o apetite. Pista número 1: a sopa não é canja de galinha. Agora, a variedade é muita. Desde o gaspacho à sopa juliana, a lista de possibilidades é extensa. As regras do jogo são simples: quanto menos perguntarmos sobre a constituição do caldo, mais ganhamos (hipoteticamente, claro está, que, no fundo, mais não ganhamos que ignomínia). O segundo passo começa com uma decisão muito importante: ficamos por aqui e arriscamos, podendo ser presenteados com uma indesejada sopa de lombardo ou perguntamos algo do género 'desculpe, sabe-me dizer se algum desses legumes constituintes da sopa é alaranjado e fálico?', perdendo, assim, uns pontinhos neste nosso divertimento? Sou rapaz para cravar almoços só para me deleitar com este jogo. Sim, apesar de possuir toda esta virilidade, ainda há uma parte de mim que anseia por crescer.
Uma vez, abordando o jogo de forma mais impulsiva, pedi uma sopa e, quando a empregada principiou 'Uma sopinha? Muito bem, a sopa de hoje é de...' prontamente me levantei da cadeira, encostando-lhe o meu dedo indicador aos lábios num acto quase renascentista. Sussurrei-lhe ao ouvido melosamente 'Não, não digas mais! Surpreende-me...'. O chato desta modalidade do jogo das sopas é que só dá para fazer uma vez por restaurante, pelo que dificilmente nos é permitido o regresso ao estabelecimento.



'Então, filho, e não vamos àquele restaurante que eu gostava muito porquê? Era baratinho e comia-se bem.' 'Pois, avó... Eu também gostava muito mas eles devem ter trocado de cozinheiro ou assim, que a sopa já não é lá grande coisa.'.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hoje (ainda não) é dia de pascoal

Boa tarde, estimados leitores ávidos por deglutir meio quilinho de cacau e açúcar em nome do regresso do messias. Como vão? Isso é que é preciso.
Desconheço a opinião do caro leitor, mas eu cá execro a Páscoa. Chamem-me céptico mas tendo a desconfiar de quadras que, a fim de celebrarem a ressurreição de Jesus após a sua morte na cruz, usem o símbolo do coelho com ovos de chocolate como bandeira. Se eu já andava picado com o coelho desde do Donnie Darko, agora apanhar com ele todos os anos deixa-me possesso. Pior é que uma pessoa nem se pode ir preparando pois o raio do leporídeo aparece em alturas distintas de ano para ano. E isto chegou a um nível de conformidade por parte dos demais que chega a roçar o ridículo. Reparem: se eu vos falar num coelho que ande por aí a distribuir ovos, de imediato, referir-se-ão à quadra pascal. Ora, se vos falar de, por exemplo, estrumpfes acabados de sair da casa em forma de cogumelo e a oferecer gummi bears (aquelas gomas em forma de ursinho), já toda a gente barafusta, recomenda psiquiatras e fornece o contacto de clínicas de reabilitação (o meu dealer provavelmente dirá que não aceita devoluções e que, se o ácido estava estragado, a culpa não é dele). Outra coisa que me faz espécie na quadra é o facto de promoverem o consumo desenfreado de chocolate, muitas vezes em doses passíveis de deixar um gajo a espumar da boca, na última época de férias antes do Verão. Não é minha intenção fomentar boatos relativos a hipotéticos planos para acabar com a época balnear tal qual a conhecemos, mas não se perdia nada em fazer uma investigaçãozinha ao passado dos criadores da ideia do coelho que, ao que julgo, não consta na versão oficial da bíblia. Por fim, queria deixar também um apelo à PETA e a outras entidades que zelam pelos interesses mais animalescos, na medida em que impugnem o uso dos coelhos para fins que promovam a engorda desaforada da nação ocidental.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Escândalo e Controvérsia

Boa tarde. Antes de mais, peço desculpa pela desmedida delonga na postagem de novos devaneios. E, agora desmentido alegadas notícias que me colocavam numa mesa de cirurgia com um implante mamário rebentado, tenho a comunicar que estive todo este tempo para vos escrever pois a tecla "D" do meu teclado perecia de mau funcionar e eu, sem "D", nem um prazenteiro "Boa tarde!" vos poderia endereçar. Confesso mesmo que estava para voltar somente aquando da Páscoa, mas parece que já está muito visto e eu gosto de inovar.

Esta foi uma semana de emoções fortes. Reencontrei o melhor jogador de futebol-humano que alguma vez conheci. Certamente que os leitores estarão lembrados dos serões passados a jogar futebol-humano, nos tempos de garotagem, correndo para dentro da baliza da equipa adversária quando não havia bola ou esta havia ido parar a um local vulgarmente denominado por "couves" . Pois bem, o jogador supracitado era, e não creio estar com isto a exagerar, um Cristiano Ronaldo da modalidade. Não batia livres em jeito mas fazia fintas de corpo de fazer corar o próprio Eusébio(e toda a gente sabe como é tão mais difícil fazer corar alguém de cor). Tinha uma jogada característica que consistia em fazer um "S" com o corpo e rodar sobre si mesmo, fintando, com isto, as mãos dos oponentes que freneticamente o tentavam apanhar. Essa jogada chamava-se "a vírgula do Jorge" e era conhecida por toda a escola.
Na conversa com o tal indivíduo, para além de ter tomado conhecimento que ele havia removido o apêndice fazia dois anos, descobri que padecia de epilepsia desde gaiato e que "as vírgulas do Jorge" não passavam espasmos pontuais. Assumo ter ficado desapontado, é assim que morrem as lendas.

P.S. - Sem querer politizar este antro com siglas socialistas, apenas um aparte para fazer notar que o título somente tem o propósito de reavivar o blogue após esta ausência, fomentado a curiosidade sagaz daqueles que anseiam por novidades polémicas.

sábado, 6 de março de 2010

Gregório Magno

É quando tudo o que metemos à boca sai novamente de forma mais colorida e liquefeita que eu penso que o futuro passa por intravenosas ultra-congeladas. Quando uma pessoa tivesse de comer mas não o conseguisse fazer sem vomitar, ia ao congelador e, ao lado da pizza congelada e da embalagem dos douradinhos, lá estaria a intravenosa. Depois era só aquecer 5 minutinhos no microondas e estava prontinho a ir para a veia. Pensem seriamente no caso e registem patente que eu ando sem paciência.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Madeira molhada não arde

A Madeira inundou e o país está de luto. A grande questão que eu vos coloco é a seguinte: não terá tudo isto sido uma manobra de um certo presidente do Governo Regional da Madeira para atrair celebridades à ilha? Bem sei que isto parece uma grande teoria da conspiração mas eu passo a explicar: será coincidência que uma catástrofe destas aconteça tão pouco tempo depois de tudo o que se passou no Haiti? É óbvio que não. Caríssimos, catástrofes como a do Haiti é o que está a dar. Uma catástrofe destas é capaz de trazer ao local do incidente mais celebridades que o festival de Cannes. O Haiti teve direito a canções e tudo. Ora, a Madeira não poderia ficar atrás e, como tal, a Ronalda já está a trabalhar na banda sonora do dilúvio madeirense. Espera-se o lançamento -pela altura do Natal, creio - do CD com a compilação das mais belas canções do caos, um best-of que conta ainda com o grande êxito "Sri Lanka - olha a onda, olha a onda".
Por alguma razão é que isto aconteceu agora e não antes. Deixou-se passar o Carnaval, o Alberto João trajou-se e dançou à sua vontadinha, os turistas foram todos para casa e, quando os dias de folia acabaram, toca de ligar as torneiras e encher os ralos de trapos. O mais engraçado da questão é que está, de facto, a resultar. Pelo menos, Cristiano Ronaldo, o jogador mais mediático do panorama futebolístico actual, já exibiu uma camisola interior com a palavra "Madeira" pintada. Mais cedo ou mais tarde, aprecerá a Angelina a exibir umas meias do C. D. Nacional e a Madonna umas cuecas com o símbolo da junta de freguesia de Curral das Freiras. Enfim, houvesse honestidade neste mundo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Facebooka-mos!

Se há coisinha para me tirar do sério nestes dias de folia, essa coisinha é o Facebook. Mas que raio de fascinação é esta que toda a gente tem pelo Facebook? Já não chegava Hi5? Eu percebo, também eu já não encontrava segurança no Hi5 com tanta badalhoca e xunguice. No entanto, acho que todo este deslumbre em torno do Facebook, apesar de ridículo, é capaz de fazer bem à sociedade. Nada me tira da cabeça que o Facebook não passa de um golpe governamental de génio para impedir o êxodo rural. Para evitar que a população das terriolas não passe de três velhas e um carneiro coxo, o governo mandou os melhores informáticos do país criar um jogo que pusesse jovens executivos a interessar-se pelo lado mais rústico e bucólico da vida. «Isso é impossível!», muitos terão dito, até que alguém terá avançado com a proposta de criar o FarmVille. Punga! Agora é ver o meu primo, todo formadinho em gestão a pedir cenouras à minha avó, o que foi chato visto o software das cenouras da quinta da minha avó não ser ainda compatível com o Windows 7. O Facebook não passou dum pretexto para encaixarem o jogo. Acham mesmo que alguém liga às vossas fotografias? Quando alguém quer ver pessoas bonitas vai ao Google images e escreve "Victoria Secrets". Não se desenganem que não preciso.
Outra coisa que me remói solenemente é o Twitter. Tentei criar uma conta para ir descrevendo como me ia correndo o dia. «Acabei de me inscrever no Twitter.Olá!», «Sinto a bexiga apertada pelo que vou urinar», «Estou a sacudir duas gotinhas que insistem em não cair. Acho que a gravidade hoje não anda muito bem.». Só escrevi estes três Twitts e já estou farto. Acho que vou cancelar aquilo antes que o Malato me mande um Twitt a dizer onde é que encontrou o tal frasquinho de Rexona que havia perdido.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nerdice computadorizada

Estava a jogar computador e aprecebi-me do seguinte:
Bug que é bug tem de implicar lag. Não implicando, é um worm.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ioc's da vida

Após fazer um revisão sucinta ao que se passa em redor da minha vida, concluí que este blog é ridículo (literalmente). Ter de se escrever piadas mesmo quando se está triste e chateado é das piores coisinhas que por aí andam. Numa outra análise, é bom saber que do outro lado do monitor estão pessoas que o lêem e que gostam (leia-se, cinco transmontanos de certa idade que estão a aprender a mexer na Internet através do curso das Novas Oportunidades), confiando em mim para os fazer rir. Ora, quando alguém confia em mim, para o que quer que seja, é mau sinal. Quem vos garante a vós que eu não sou um obeso sociopata que se serve do GoogleEarth para ver meninas despidas no Meco? Quem vos garante a vós que eu não estou neste momento, enquanto escrevo, a afagar a cabecinha falecida da pequena Maddie? Ao que vocês sabem, até posso ter sido eu que carreguei no botão de "Haiti Destruction" do meu Comando do Terror/Mal (ainda não me decidi quanto ao nome do aparelho). Pronto, também não sou assim tão malvado. Sou moderadamente malvado, vá. Posso, por exemplo, estar numa fila para uma qualquer coisa e, após soltar um flato daqueles, sair da fila para pensarem que o cheiro vem do gordo com borbulhas que está mesmo atrás de mim na fila. Ah, pois é! Por esta é que vocês não esperavam. Coitadinho do gordinho que tem tantas borbulhas que até o cego que estava atrás dele na fila, ao tocar-lhe nas costas, julgou estar a ler a bíblia em Braille.

Enfim, agora que me consegui pôr no papel de herói pícaro, vou voltar à minha vidinha normal. Já agora, desculpem lá qualquer coisinha. A semana não foi fácil.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Panisguices literárias

Recentemente constatei que a entidade que escolhe as obras literárias de leitura obrigatória no ensino secundário deve ter um especial fascínio por piratas e pela pirataria em geral. Ora vejamos: a figura que se nos é apresentada como o "príncipe dos poetas do seu tempo" tinha uma pala no olho direito; o protagonista de Memorial do Convento, obra vencedora de um Nobel da literatura, Baltasar Sete-Sóis, usava um gancho a fazer as vezes da mão esquerda. Aposto que Fernando Pessoa (ou um dos seus "amigos") tem um poema qualquer começado por Aarghh que eu ainda não descobri. Chamem-me alarmista, mas começo a temer que a Margarida Rebelo Pinto resolva um dia escrever um livro em que uma das personagens tenha uma perna de pau. Não é por mim, a sério. É pela sanidade intelectual das gerações vindouras.

Já que estamos numa onda de piratas e pernas de pau, outra coisa que me apraz bastante é a comunidade gay. Gosto bastante de gays, principalmente porque são pessoas muito frontais (?) e transparentes. Aliás, o símbolo da comunidade gay não é um arco-íris por acaso. Se não fossem pessoas tão transparentes não poderiam refractar a luz. O movimento gay, ao contrário do que muitos pensam, é muito mais do que um simples espectáculo de luz e cor. O movimento gay é ciência.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não há cá se's no meio do Haiti

O que eu mais gosto neste mundo, imediatamente a seguir a uma boa sandes de fiambre e um fino de pressão, é mesmo jogos futebolísticos de beneficência. Epá, é que gosto tanto. Que nostálgica é a sensação de ver bolas a serem chutadas por velhos roliços que eu nunca vi mais gordos (literalmente) e que me são apresentados como velhas glórias do futebol mundial!
O Benfica realizou ontem um jogo contra a pobreza com intuito de angariar fundos para as vítimas do desastre no Haiti. A pobreza chegou a estar em vantagem com o golo inaugural do jogador da formação pobre Kaka', mas o jogo lá acabou por ficar 3-3. Eu acho que toda esta onda de solidariedade que se vive em torno do Haiti é muito bonita mas que se revela completamente ineficaz na medida em que, enquanto não tirarem a corda de saltar das mãos do Fernando Mendes, vai continuar a morrer gente. Podem doar todo o dinheiro que quiserem que, enquanto ele não se convencer que há um certo tipo de brincadeiras que ele não pode ter, as réplicas não cessarão. Eu sei que ele é ainda um gaiato, que ainda está na idade de ter estas brincadeiras e que não deve ser discriminado em função do seu problema de peso mas caraças, ó Nando!, já chega de matar pessoas, pá. Vai antes brincar com os legos ou pintar um daqueles teus livros de colorir.
Não foram poucas as celebridades que se sensibilizaram com toda esta tragédia e que correram ao Haiti para ajudar, mais que não fosse, trazendo de lá um ou dois órfãos haitianos para fazer pandan com os cortinados indonésios da janela da cozinha. A celebridade que, a meu ver, mais falta fez foi o ex-futebolista Diego Armando Maradona. Bastava pintar umas poucas de riscas brancas em cima dos destroços de edifícios e deixar o potente nariguedo de el pibe fazer o restante. A ver se não eram desterrados uma porção de haitianos num instante. Era vê-los a voar ainda sujos de terra em direcção àquelas duas turbinas também conhecidas como narinas. De certeza que não seriam tantas as baixas.

domingo, 17 de janeiro de 2010

2010+2=Fim do Mundo

Sendo este blogue um local de profunda reflexão sobre a actualidade, decidi hoje focar um assunto que esteve muito em voga há uns meses e que só acontecerá daqui a dois anos e muito. Que assunto é esse? - perguntam vocês. É o fim do mundo, claro está. Ao que parece, a civilização maia previu que desapareceríamos todos lá para Dezembro de 2012. Estou desde segunda sem escrever nada porque andei por aí com ilustres matemáticos como o Prof. Nuno Crato a procurar a fórmula de Deus, revelando-se a vós esta fórmula no título desta maravilhosa postagem. Posto isto, a próxima vez que lerem alguma coisa do José Rodrigues dos Santos, é melhor desconfiarem do que vos apresentam como sendo fórmulas divinas.
Continuando, e deixando burocracias matemáticas de parte, acho que toda esta situação do fim da existência humana está a ser excessivamente empolada. O fim do mundo como o conhecemos? Um neo-apocalipse que ditará a extinção da raça humana? Nada me tira da cabeça que tudo isto do 2012 não passa de um livro futurista de ficção científica que havia no tempo da civilização maia (equivalente às obras actuais do George Lucas, por exemplo) e que algum arqueólogo mais crente, ao encontrar o escrito, julgou tratar-se de mais uma das sempre certas previsões maias. Eu sempre disse que o grande problema deste mundo não é nem a fome em África nem o crash da bolsa nem a destruição no Haiti. É o facto dos nerds não saberem distinguir a ficção do real, causando o pânico e o medo e proclamando que o mundo vai acabar, que realmente me transtorna.
Para o hipotético caso de tudo isto vir a ser verdade, elaborei uma programação televisiva para celebrar o apocalipse terrestre. A TVI passaria um compilação dos melhores concertos de Tony Carreira, a Sic poria a Simara a dançar nua nas manhãs da Fátima, a RTP1 passaria um especial "Preço Certo" juntando o Malato ao meu já adorado Fernando Mendes e, por fim, a 2: transmitiria a fase final do XII meeting de boccia no distrito de Labaredas de Coito com comentários de Eládio Clímaco e Júlio Isidro.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Criancices 2

É oficial. A partir de hoje, 11 de Janeiro de 2010, nunca mais os velhos sentados em bancos de jardim me olharão com aquele olhar terno e guloso.